Convidado
pela American Society of
Cosmectic Medicine & Surgery, Márcio Feitosa Ramos ministra
palestra em
Orlando-FL. Márcio Feitosa é otorrinolaringologista, tem
pós-graduação em cirurgia plástica da face. Recentemente formou-se em
Direito.
Pagina Revista – Dr. Márcio Feitosa Ramos, recentemente você foi
convidado para dar uma palestra nos EUA. Como surgiu o convite?
Dr. Márcio Feitosa Ramos – Tenho dois amigos – um do Rio Grande do
sul, e outro de São Paulo -, eles indicaram o meu nome para a American Society of Cosmectic Medicine &
Surgery. Tenho 21 anos de formado, e vasta experiência na área
cirúrgica de otorrinolaringologia, mais especificamente de nariz. Então, a
palestra era para falar justamente sobre o dorso nasal, a cirurgia, visão do
otorrinolaringologista etc. Durante a palestra mencionei sobre a harmonia facial da visão de perfil
- muito influenciada pela altura e forma do dorso nasal, dentre outros.
“Poucos milímetros podem determinar as
diferenças que tornam o perfil esteticamente agradável e adequado a uma
determinada face”. Além da discussão a respeito de técnicas
cirúrgicas para se obter determinados objetivos, “os profissionais também precisam se aprofundar nas sutilezas e
subjetividades que envolvem a cirurgia nasal”.
Pagina Revista – Você palestrou em inglês, ou falou em sua língua
– o português? Como foi essa experiência?
Dr. Márcio – Palestrei em português. Quando
o americano vem ao Brasil, ele fala na sua língua nativa, assim sendo, falei em português. Tinha
profissionais da Venezuela, Colômbia, México, Brasil. Foi fácil e até
agradável. Eu estava muito tranquilo, seguro e preparado. Eu sabia exatamente
do que falava, estava consciente. Minha palestra se estendeu um pouco além do
previsto, pois tivemos pontos polêmicos como: anestesia geral ou anestesia
local? ‘Passei minha vida toda’ fazendo estas cirurgias com anestesia geral,
mas mudei nos últimos dois anos; atualmente uso anestesia local e sedação.
Pagina Revista – O que você achou dos EUA?
Dr. Márcio - Inicialmente fui
a New York. Fiquei impressionado com a quantidade de táxis na cidade. Conheci o
Metropolitan
Museum e fiquei assustado com a quantidade de obras do Egito, um
verdadeiro saque à cultura egípcia. Depois fui a Orlando-FL, local do
congresso; depois aluguei um carro e fui para Miami, fiz alguns passeios: Miami
Seaquarium (local da baleia free willy),
passeio de barco inesquecível com narração bilíngue pela deslumbrante Biscayne
Bay, com vista para os pontos litorâneos espetaculares de Miami incluindo o
Porto de Miami, a Ilha Fisher, Miami Beach, e a "Millionaire's Row" -
as casas dos ricos e famosos, (silvestre Stallone. Até a Xuxa tem uma casa lá.
Pagina Revista – Parece que
depois da palestra em Orlando, surgiu outra para o Rio de Janeiro. É verdade?
Dr. Márcio - Agente acaba conhecendo outras pessoas, tendo
oportunidades etc. Assim aconteceu o convite para palestrar no Rio, na
Cidade Maravilhosa. O evento está marcado para acontecer em 11 de novembro
deste ano, será na manhã de domingo. O tema será basicamente o mesmo, com alguns
tópicos acrescidos.
Pagina Revista – Voltando à questão do idioma, como você se
‘virou’ fora do congresso? Você fala fluentemente o inglês?
Dr. Márcio - O primeiro impacto foi quando cheguei ao Hartsfield–Jackson Atlanta International
Airport - ou Aeroporto Internacional de Atlanta, que se situa nos
arredores da cidade de Atlanta, Georgia; é o aeroporto mais movimentado do
mundo, cerca de 92,4 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto em 2011. Tive
que pegar um metrô e andar por varios km dentro do proprio aeroporto para
chegar no local de conexao para New York. Acredito que seja maior que a cidade
de Xique-Xique. (risos). Falo um inglês básico.
Tive alguns problemas no entendimento do que me falavam, mas a partir do
terceiro dia, eu passei a entender melhor e comunicar-me com mais facilidade. A
Polícia de New York foi muita educada quando eu solicitei informações.
Pagina Revista – Você falou que visitou três cidades dos EUA (New
York, Orlando e Miami). Qual foi a sua impressão em relação à violência, receptividade,
acolhida, preconceito com brasileiros?
Dr. Márcio - Fique em New York, na segunda avenida, perto do Central
Parque. Lá é muito tranquilo, não tem mosca, barata, nem mosquito; acredito que
no inverno a neve mata todos os insetos. Não presenciei violência. No subúrbio
tem violência, sim (Brooklin). Brasileiro quando chega aos EUA é um consumidor
em potencial, de maneira geral somos bem tratados.
Pagina Revista – Você falou que alugou um carro nos EUA. Qual foi
o seu diagnóstico em relação ao trânsito? É caótico como nas cidades do Brasil?
Dr. Márcio – As estradas são perfeitas e com muitas
pistas, não tem um buraco ou irregularidade em qualquer estrada dentro dos EUA.
Só achei estranho quando cheguei ao posto para abastecer, não tinha frentista,
pois nos EUA você mesmo tem de abastecer e pagar. Só encontrei engarrafamento
em caso de acidente, e nos horários de pico o transito ficava mais lento.
Pagina Revista – De novo ao tema palestra, com este convite para
realizar mais uma palestra no Rio de Janeiro, parece que você vai virar
congressista requisitado. Pretende seguir a carreira realizando palestra pelo
mundo?
Dr. Márcio - Na realidade surgiram essas oportunidades. Mas
não significa que isso vai ser uma rotina. Preciso estar presente em minha
clínica, pois é de lá que saem meus rendimentos, sustento da família.
Pagina Revista – Você não clinica no em Xique-Xique a mais de
cinco anos. Você pretende retomar as atividades no Município?
Dr. Márcio - Adoro a cidade e sempre sonho com ela. Passei 12
anos clinicando em Xique-Xique, mas surgiram três fatores que impediram de eu
continuar: 1- as estradas ficaram muito ruim (agora estão ótimas), 2 -
faculdade de direito, 3 - concurso público para perito médico federal. Esses
três fatores impediram de eu continuar as viagens para Irecê e Xique-Xique.
Sempre visito Xique-Xique, mas agora somente a passeio e para rever amigos e
familiares.
Pagina Revista – Dr. Márcio, a profissão de médico é muito
atarefada. Como surgiu a ideia de cursar Direito. Seu irmão nos falou que você
pretender ser Juiz de Direito para colocar corruptos na cadeia. Vai abandonar a
carreira de médico e congressista?
Dr. Márcio - Direito surgia em minha vida por uma acaso e
como um desafio a ser vencido. Eu trabalhava o dia todo, e à noite ia para a
faculdade, isso diariamente. Tenho minha profissão de médico consolidada, já
são 21 anos. Eu não teria condição de seguir outra profissão que não fosse a
Medicina, é o que sei fazer de melhor.
Pagina
Revista – www.paginarevista.com.br
Comentários
Postar um comentário