Por Hellen Barreto Dias, estudante do 2° ano
Era lindo acordar e olhar pela porta da cozinha e contemplar
o esplendor do Ipê. Ruim mesmo era ir ao seu encontro e vê-lo flagelado e
marcado por nomes e datas (Porquê eles não deixam apenas pegadas e tiram apenas
fotos?) . Sentia medo quando chovia ou ventava e algum galho ameaçava cair;
hoje, no dia 2 de Outubro de 2018 sinto mágoa por ouvir na voz de muitos a
expectativa de ver a árvore que marcou vidas desabando no chão.
Seu tronco foi testemunha de amores prósperos e falhos, seus
galhos serviam de lar para as mais diversas formas de vida... E quanto às
flores? Ah! Estas já embalaram fotos, sonhos e desejos.
Dona Isaura já ajudou pessoas a virem ao mundo por ter sido
parteira, somos infinitamente gratos a ela por ter pego uma sementinha tão
pequena nesse 'mundão' de amargura e tê-la feito germinar na mais bela árvore
que o solo gentiourense teve a honra de abrigar.
Eu sempre disse que queria ser como um ipê: florescer quando
parecer morrer. Ressurgindo ou não, ele sempre ficará amarelo e grandioso na
parte mais iluminada do coração de pessoas que como eu tiveram uma parte de si
cortada com um motosserra.
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