NOVO DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DE CENTRAL/BA DISSE QUE PRETENDE ACABAR COM OS PONTOS DE DROGA E PRENDER TRAFICANTES
CENTRAL
| O site Central Notícia entrevistou o
Delegado Titular da Polícia Civil de Central/BA, Michael Segson Silva Alves. O
novo comandante da Polícia Civil de Central falou sobre sua experiência na
instituição, relação com a Polícia Militar e projetos para o município de
Central. Michael nasceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte, mas se
considera paraibano, já que seus pais são de Catolé do Rocha e Souza,
municípios da Paraíba.
CN
– Fale da sua trajetória na Polícia Civil? Há quanto tempo atua na função
de delegado?
Boa tarde a todos que compõem o Central Notícia!
Minha experiência profissional começou em 2009 quando passei a integrar o
sistema prisional da Paraíba, e fui durante nove anos, agente penitenciário,
onde trabalhei em presídios da região de Campina Grande, na Paraíba. Essa
experiência foi muita boa, pois aprendi na prática como lidar com o preso, já
em fase de execução penal. Aprendi muito também sobre organização criminosa e
investigação. Em 2013, prestei o concurso para o cargo de delgado da Polícia
Civil da Bahia, onde tomei posse em dezembro de 2016 e assumi em janeiro a
Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecente (DTE), em Irecê, que é a 5ª
delegacia na Bahia e que faz parte do Departamento de Repressão e Combate ao
Crime Organizado (Draco).
O
novo delegado disse que em Central a investigação vai ser mais complexa.
A DTE tem a função de atender a necessidade de
prevenção e combate ao uso e tráfico de drogas e dava apoio às delegacias da
região de Irecê. A gente aprendeu a lidar com este tipo de crime, pois através
do tráfico que vem o homicídio, furto, roubo, etc. Vou trazer essa experiência
para Central, porque sei que aqui tem alguns pontos de comercialização de
droga. Então minha ideia é exterminar todos esses pontos de droga que têm na
cidade e prender todos os traficantes. Vamos fazer um ‘limpa’ em que tiver
roubando ou furtando (moto, celular, residências, casas comerciais). O trabalho
aqui vai ser mais abrangente, onde vai envolver crimes contra o idoso, criança,
violência doméstica, crimes de trânsito. Através da DTE, eu tive a experiência
de lidar com o pior dos crimes, que é tráfico de drogas. Aqui em Central será
mais tranquilo.
CN
– Central e Irecê compõem uma região violenta?
Estatisticamente, Central é um município tranquilo.
Em 2016 houve três homicídios e em 2017, apenas dois. Mas Irecê, Morro do
Chapéu, Cafarnaum e Mulungu do Morro são municípios extremamente problemáticos.
Destes lugares, já saíram vários assaltantes de banco, sequestradores e grandes
traficantes, a exemplo de ‘Zé de Lessa’. Nós não queremos que esses crimes
venham para o município de Central. Por isso, vamos trabalhar bastante com a
prevenção do crime. Para isso, precisamos do apoio da comunidade.
CN
– Quais as maiores dificuldades enfrentadas pela Polícia Civil?
Hoje a maior dificuldade é o efetivo. Por exemplo,
aqui em Central não temos investigadores. Mas já durante essa semana já vou
solicitar junto ao Depin (Departamento de Polícia do Interior), dois
investigadores. Para isso, vou contar com o apoio do prefeito Uilson Monteiro,
para fazer a intermediação junto ao Governo do Estado. Chegando os
investigadores, mais um escrivão ad hoc, que a Prefeitura está nos cedendo e
guardas que teremos na carceragem, além do escrivão Jonas, vamos ter a
possiblidade de fazer um bom trabalho em Central.
CN
– Desde a sua chegada foi feita alguma melhoria na carceragem da delegacia de
Central?
Já começaram hoje as reformas. Vamos consertar as
quatro celas que temos na delegacia. Eu quero trazer os presos que estão em
Itaguaçu e Irecê. A gente vai deixá-los dois ou três dias por aqui – até
terminar o procedimento – depois encaminharemos diretamente para o presídio que
será inaugurado em breve em Irecê. Preso de Central tem que ficar aqui, sob
minha custódia e fiscalização, pois assim, vou ter o controle sobre tudo na
delegacia.
CN
– Como a população pode ajudar a Polícia Civil?
Em Irecê, nós criamos o Disque Denúncia, via
WhatsApp, onde as pessoas mandavam vídeos, fotos. Foi muito útil. Fizemos
muitas prisões em flagrante, graças ao aplicativo. Vamos adotar esse sistema
aqui em Central, porque o WhatsApp é a ferramenta do momento. Vale
ressaltar, que o nosso trabalho foi em parceria com a Polícia Militar e a CAESA
– Companhia de Ações Especiais do Semiárido. Nossa relação era excelente.
Costumo dizer que não existem duas polícias. É uma única irmandade trabalhando
em prol da segurança pública. Tenho uma ótima relação como Tenente Robson,
comandante da PM em Central. Nós trabalhamos juntos no São João de Irecê e ele
viu meu perfil. Então, ele sabe que vai ter muita gente nessa carceragem.
Projetos
para Central
Reforma do restante da delegacia para poder
colocarmos a custódia em funcionamento. Outro projeto que vai ser implantado
juntamente com a PM é a Polícia nos Povoados. Semanalmente, iremos a um povoado
passar um dia por lá. Lá a gente vai poder fazer Boletim de Ocorrência, vamos
ouvir as demandas da população e levantar se está havendo tráfico. Central não
é só a sede. Existem os povoados. Por isso, vamos fazer esse trabalho para que
a população possa sentir a presença da polícia. A Polícia Civil nas Escolas.
Quero fazer palestras com professores e alunos, a respeito de temas como droga,
violência doméstica e levar essas palestras para as igrejas, associações, para
que a população fique ciente dos seus direitos e deveres. Outro projeto que
vamos colocar em prática com a Polícia Militar é com relação as bliteze. Assim,
nós poderemos apreender armas e veículos roubados. Então, a bandidagem fique de
‘orelha em pé’, porque as nossas bliteze vão pegar muita coisa.
Fonte: Central Notícia
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