Pular para o conteúdo principal

Gentio do Ouro - Prefeito Ivonilton Vieira e seu antecessor é denunciado pelo MPF por desviar quase R$ 1 milhão da saúde e educação:

O relatório da CGU que embasa a ação de improbidade apontou diversas irregularidades na aplicação de recursos federais destinados à saúde e à educação entre os anos de 2005 e 2012.

O Ministério Público Federal (MPF) em Irecê/BA acionou, na última quarta-feira, 11 de dezembro, o prefeito do município de Gentio do Ouro, situado na região da Chapada Diamantina, e seu antecessor, por atos de improbidade administrativa cometidos entre os anos de 2005 e 2012. 

Segundo relatório da Controladoria Geral da União (CGU), os gestores, durante seus respectivos mandatos, cometeram diversas irregularidades na aplicação de verbas federais destinadas à saúde e à educação. Somadas, as irregularidades somam cerca de 985 mil reais em prejuízo aos cofres públicos.

De acordo com a ação civil pública, de autoria do procurador da República Samir Nachef, um inquérito foi instaurado a partir de representação encaminhada em novembro de 2013 pelo atual prefeito da cidade, que buscava informar irregularidades cometidas pelo seu antecessor na aplicação de recursos destinados aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAs). A representação foi embasada em relatório da CGU, datado de outubro de 2009. O documento, entretanto, apontava diversas irregularidades além das identificadas inicialmente pelo gestor em exercício.

Segundo o relatório, os gestores praticaram diversas irregularidades como: pagamento de despesas incompatíveis com os objetivos dos programas federais dos Ministérios da Saúde e da Educação; compra de materiais escolares sem licitação; contratação de transporte escolar e aquisição de merenda escolar sem licitação; aquisição de veículos acima do valor de mercado; ausência de comprovação com gastos; não fornecimento de merenda escolar entre 2007 e 2009; fracionamento de despesas; simulação de licitação; emissão de cheques sem fundos; aquisição de bens e gêneros alimentícios para os CRAs que nunca foram entregues; compra de uma ambulância que não foi localizada e saques de recursos sem comprovação de despesas correspondentes.

O MPF requer a condenação dos acionados às sanções previstas no artigo 12, incisos II e III, da Lei de Improbidade (8.429/92), como o ressarcimento do dano integral causado, em valor a ser corrigido; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos; pagamento de multa; e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.

A presente ação de improbidade integra a meta dos procuradores da República na Bahia para este ano, a fim de evitar a ocorrência da prescrição em relação às investigações que apuram irregularidades na gestão de prefeitos municipais, cujos mandatos encerraram-se no ano de 2008.

Fonte: www.prba.mpf.mp.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Justiça determina que Ebal readmita funcionários demitidos da Cesta do Povo

A Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) deve readmitir mais de 1.700 funcionários da rede de supermercados Cesta do Povo dispensados desde 2014. A sentença da Justiça foi publicada na terça-feira (19), segundo informações do Ministério Público do Trabalho (MPT), autor da ação civil pública sobre o caso. Há possibilidade de recurso.   A ação civil pública do MPT pediu que o Estado negociasse coletivamente um acordo que contemple reaproveitamento, extensão de benefícios e outros ajustes para redução dos impactos sociais provocados pela dispensa em massa dos trabalhadores de 197 lojas que foram fechadas no estado. Conforme apontou o MPT, o órgão foi provocado, mediante denúncia sigilosa em setembro de 2015, de que a EBAL estaria em processo de privatização, com demissões, sem ter ao menos uma audiência pública. Conforme edital de desestatização, a empresa que adquirisse os direitos da EBAL deveria manter apenas 50% das lojas e 50% dos funcionários. O problema, segund...

Republicação: Um pouco da memória política de Gentio do Ouro

O cenário político partidário do município de Gentio do Ouro desde as eleições de 1996 era marcado principalmente pela polarização entre os candidatos, Edmundo Pereira Bastos e Getúlio Reginaldo Cunha (Ambos falecidos) bem como pela tradição das disputas acirradas. Entre os anos 1996 a 2012, tivemos o revezamento de siglas partidárias entre os prefeitos eleitos. Nas eleições de 1996, o candidato Armênio de Oliveira Barreto, apoiado por Getúlio Reginaldo Cunha e o seu filho Edison Gomes Cunha (Prefeito eleito para pleito 1992 a 1996), foi derrotado pelo candidato Edmundo Pereira Bastos, por uma diferença de 9 votos. "Duelo de Titãs" assim considerado por muitos, a disputa eleitoral do ano de 2000, que foi marcada pelo embate entre o candidato a reeleição Edmundo Pereira Bastos e o seu principal opositor Getúlio Reginaldo Cunha, que foi eleito com 41 votos de vantagem. Restando aproximadamente 2 anos para o termino do seu mandato, Getúlio Reginaldo Cunha veio a óbit...

Gentio do Ouro - Idoso tem atendimento médico recusado em hospital:

Depois de percorrer 18 km até a sede do Município, idoso é destratado pela enfermeira-chefe. Casos de maus tratos, omissão e falta de profissionalismo são situações corriqueiras na rede pública de Saúde de municípios do interior da Bahia. Um dos mais recentes casos foi o do sr. Cassimiro Martins da Franca, de 83 anos de idade, morador do povoado de Desterro, município de Gentio do Ouro, na Bahia. Com pressão arterial alta, tontura e bastante cansado, depois de percorrer 18 km até a sede do Município, o idoso de 83 anos foi destratado pela enfermeira-chefe do hospital municipal de Gentio do Ouro. A enfermeira negou atendimento alegando falta de vaga. O fato aconteceu no dia 8/2, quarta-feira. Acompanhado pela filha Ednalva Malaquias Bastos, depois de falar do problema e pedir para serem atendidos, foi ouvido da enfermeira-chefe que não havia mais vaga, completando: 'Por que não vieram mais cedo?'. Indignada com a atitude grosseira, antiética...